Eça de Queiroz

José Maria Eça de Queiroz nasceu em 25 de novembro de 1845, na pequena Póvoa de Varzim, cidade próxima de Porto, em Portugal. Seu pai era brasileiro e sua mãe portuguesa; vieram a se casar quatro anos depois do nascimento de José Maria devido à não aceitação da união pelas famílias. Estudou na cidade do Porto e em Coimbra, formando-se, nesta última, em Direito no ano de 1866. Teve amizade profunda com Antero de Quental, outro importante escritor, poeta e ativista político português do período. Depois disso, foi morar com os pais em Lisboa, capital do país.
Começou a publicar folhetins nos jornais da cidade e dos arredores; em 1872 ingressou na carreira diplomática, tendo sido, então, cônsul na cidade de Havana, Cuba, e depois transferido para a Inglaterra, onde trabalharia por alguns anos. Em 1875, publica um de seus mais conhecidos e importantes livros – O crime do padre Amaro. Nesse romance, considerado um marco inicial do Realismo em Portugal, traça uma contundente crítica à vida social de seu país, denunciando ainda as mazelas do clero e hipocrisia burguesa vigente à época. Em 1878, sai o livro O primo Basílio, que trata de adultério e, em 1879, lança O Mandarim.
Casou-se em 1886, já aos 40 anos de idade, com uma jovem de família tradicional; com ela, teve o total de quatro filhos: Alberto, Antônio, Maria e José Maria. Em 1888 – nomeado cônsul em Paris – sua obra Os Maias é editada, tendo sido uma obra determinante em sua carreira, já que não mais apresenta unicamente os traços realistas, percorrendo novas possibilidades literárias em seu romance. Desse período ainda se destacam obras conhecidas e relevantes como A ilustre casa de Ramires e A Cidade e as Serras (derivado, segundo o autor, do conto Civilização). Sempre alternou a escrita de suas novelas e romances com a produção de contos.
Faleceu na França, em Neuilly-sur-Seine, perto de Paris, em 16 de agosto de 1900, aos 54 anos de idade.

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